9 de ago. de 2014

Sermão: Luz e Voz - 9. O Tato. "Orientação aos Pregadores"


“Quando a congregação cai no sono, há apenas uma coisa a se fazer: dar ao porteiro uma vara longa e fazê-lo cutucar o pregador” (H. W. Beecher)”.

A Nona palavra é “Tato”, empregada aqui para descrever a sensibilidade do comunicador para com seu auditório. É chamado “feedback” ou capacidade de se perceber a reação do outro e rapidamente se adaptar a ela.

É como o guia que analisa os caminhantes enquanto lhe seguem: se estão interessados, dispostos, atentos ou não, para poder ajudá-los, estimulá-los a fim de que todos juntos possam fazer um agradável passeio.

Portanto no gabinete o orador estuda os textos; mas do púlpito ele estuda o auditório. Atento aos sinais corporais que os ouvintes lhe enviam em resposta, se a comunicação está realmente acontecendo ou se perdendo.

O orador deve estar atento aos bocejos, cabeças baixas e bancos rangendo em demasia, para que reaja à tempo e se salve. Empostar a voz, movimentar-se, contar uma ilustração rápida, interessante, relacionada ao texto poderão ajudar.

Mas caso não funcione passe a resumir a mensagem no que é essencial. E se nada mudar, então mude: respire fundo e se dedique ao máximo para concluir bem: saiba que neste caso um “grand finale” poderá salvar todo o processo.

Estudos dizem que apenas 7% do significado de uma mensagem são feitos verbalmente; por isso é importante dividir a mensagem em partes, com início, meio, fim: para facilitar a vida do ouvinte, ajudá-lo a voltar à linha de raciocínio caso se perca algum momento, e poder então lhe entregar o máximo de conteúdo.

É o tato do artista que faz com que o precioso se torne jóia rara (Tchai Hoth).

Nenhum comentário :

Postar um comentário