19 de mar. de 2014

Saudades dos Fotógrafos de Porta em Porta...

SAUDADE DOS FOTÓGRAFOS! Imagino que muitas famílias têm saudade dos fotógrafos de antigamente, que passavam de porta em porta, casa em casa. Interessante! Quando o fotógrafo chegava para "bater a foto", todos se arrumavam, o marido fazia a barba e até a esposa caprichava no cabelo, no perfume; as crianças sujas, espalhadas, agora estão limpas, educadas. Todas as distâncias eram rompidas: os raros braços gentis do marido passam por sobre os raros ombros dispostos da esposa; as criancinhas se aquietam em volta daquela harmonia. Todos juntos, unidos, colados, próximos, por causa da necessidade: enquadramento. Só estão unidos assim para caberem no quadro, no retrato. Mas aquela família unida, harmônica e feliz, dura o tempo do clique da máquina de retratos. Quando a luz do flash se apaga, também se apaga aquela família. As crianças voltam à loucura; o marido distante e a esposa desarrumada. É tão raro a unidade familiar que precisam colocar em um quadro na parede para guardar de recordação. Muitos ainda hoje sentem: saudade dos fotógrafos de antigamente... (Tchai Hoth)

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