11 de abr. de 2014

As Sete Palavras da Cruz. 6.ª - Está Consumado.

6. ESTÁ CONSUMADO. JOÃO 19.30
Isabel, Rainha da Inglaterra, o ídolo da sociedade e a líder da sociedade européia, quando em seu leito de morte, voltou-se para a sua dama de companhia e disse: Ó, meu Deus! Está acabado. Chego ao fim disso – o fim, o fim. Ter somente uma vida e acabado com ela! Ter vivido, e amado, e triunfado; e agora saber que está terminado. Pode-se desafiar tudo o mais, menos isso.

E, enquanto a ouvinte assistia a isso sentada, poucos momentos depois, a face cujo sorriso mais leve trouxeram seus cortesãos aos seus pés, tornava-se numa máscara de argila sem vida, e retribuía a ansiosa contemplação de sua serva com nada mais do que um fixo olhar vazio.

Tal foi o fim de alguém cuja meteórica carreira fora invejada por metade do mundo. Não podia ser dito que ela “consumara” alguma coisa, pois consigo tudo foi “vaidade e aflição de espírito”.

Quão diferente foi o fim do Salvador – “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”.

É a soberana serenidade daquele olhar, abrangendo toda a continuidade dos séculos, que transparece na sexta palavra de Jesus, impregnada, ao mesmo tempo, de tristeza e de majestade: Tudo está consumado.

Os antigos gregos orgulhavam-se de serem capazes de dizer muita coisa falando pouco – “dar um mar de assunto em uma gota de linguagem” era tido como a perfeição em oratória.

O que eles buscavam é encontrado aqui. “Está consumado”, no original (tetelestai), é apenas uma palavra, todavia, nessa palavra está contido o evangelho de Deus; nessa palavra está contido o fundamento da segurança do crente; nessa palavra é descoberta a essência de todo gozo, bem como o próprio espírito de toda consolação divina.

Na Antiguidade, quando o preço da compra era acertado e não ficava nenhum valor em aberto, escrevia-se tetelestai no comprovante de venda, Isto é: “Quitado”.

Na cruz, a justiça de Deus foi plenamente satisfeita quando nosso substituto celestial pagou o elevado preço de nosso resgate.

Como disse Spurgeon, podemos permanecer confiantes, a despeito do trovão da lei e do raio da justiça., “pois estamos salvos sob a cruz”. Ele pagou o saldo de nosso pecado até o último centavo.

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